Na sua quinta edição, as “Histórias do Cinema” propõem Straub-Huillet por Seixas Santos. (...) Realizador, mas também crítico, professor e programador de cinema, o percurso de Alberto Seixas Santos está directamente associado ao surgimento do Cinema Novo na viragem das décadas de 1960 e 70, extravazando o âmbito da sua obra. (...) Como cineasta, entre Brandos Costumes (1975) e E o Tempo Passa (2011), assinou vários títulos fundamentais das últimas décadas, num diálogo continuado com o Portugal contemporâneo que faz do cinema um instrumento de pensamento, interrogação e afirmação, atravessado por um intransigente desejo de modernidade a que não é estranha a influência de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet. E é o cinema de Straub e Huillet, num percurso pensado, comentado e conduzido por Alberto Seixas Santos, provavelmente o cineasta português que, em todos os sentidos da expressão, mais o reflectiu, o foco desta edição das “Histórias do Cinema”.