"(...) Não se trata de uma situação em que "não podemos deixar de". Trata-se de uma situação em que "queremos". Queremos - a Cinemateca, as pessoas que trabalham na Cinemateca - homenagear João Bénard da Costa, deixar-lhe um aceno.(...) No balanço entre a sobriedade institucional e a comoção pessoal - problema que só nos podemos resolver - pensámos homenageá-lo através do seu infinito entusiasmo. Do seu gosto, mas sobretudo da sua maneira de gostar e de partilhar o seu gosto ("...de quem eu quero que goste tanto como eu gosto e, se possível goste como eu gosto"). São muitos os "filmes de João Bénard da Costa", os filmes de que ele muito gostou e nunca se cansou de dizer o quanto gostava. Os filmes que, sem ele, talvez não se tivessem tornado também os "nossos filmes". (...)"